Um dos prinicipais problemas em se sediar um evento esportivo internacional do calibre de um Pan ou uma Copa do Mundo é basicamente estrutural. No caso do Rio de Janeiro é pior, porque apesar de ser um grande centro urbano, apresenta carências essenciais quanto ao transporte e a segurança.
Apesar disso outra condição para sediar um evento internacional é ter também uma estrutura voltada a lugares para a prática das competições. O Rio nesse aspecto investiu em diversos pontos com a construção de alguns centros (aquático), modernização de alguns complexos (Marcanã, Marina) e construiu um estádio novo (Engenhão).
Passado o Pan fica a pergunta de quem assumiria o encargo de administrar estes novos conjuntos esportivos, pois aparentemente a Prefeitura não está planejando fazer isso.
No caso do Engenhão, o Prefeito César Maia propôs que um dos clubes de futebol do Rio assumisse a administração do estádio, mas não conseguiu nenhum interessado inicialmente. Ao que parece o Vasco já tem São Januário e não quer outro estádio, já Fluminense, Botafogo e Flamengo apesar de terem projetos mirabolantes (e que nunca saem do papel) quanto a construção de estádios próprios não querem assumir a administração do Engenhão.
Fato é que o Engenhão vai ser o mais moderno do Rio e por isso o com o custo de manutenção mais alto, mas já vai estar pronto e acabado e o melhor: vai ser dentro da cidade do Rio de Janeiro. O Fluminense por exemplo tem projeto de construir estádio próprio, mas as alternativas que vão sendo apresentadas quanto ao local são desanimadoras por serem não só fora da cidade do Rio de Janeiro, mas também em outros municípios (Duque de Caxias ou São Gonçalo) . Fato é que ir a um estádio tricolor em Duque de Caxias ou São Gonçalo com jogo à noite no meio de semana e com a violência do Rio de Janeiro de hoje em dia é uma aventura para bravos.
Depois do Pan, se realmente nenhum clube se interessar, o Estádio João Havelange ( Engenhão) está fadado a ser um elefante branco.
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